Norteada pelos princípios de sustentabilidade, decorreu na Ecoteca de Angra do Heroísmo, em Dezembro passado, uma Oficina de Construção de Marionetas em três etapas: a) Conceptualização do paradigma ambiental actual e aceitação da responsabilidade, por meio de uma apresentação em PowerPoint e alguns jogos de ideias com resíduos; b) Enumeração de alternativas, com posterior agrupamento das mesmas segundo as categorias reduzir reutilizar reciclar, enfatizando a respectiva ordem; c) Acção directa sobre o problema, dando uso a resíduos de guarda-chuvas através da feitura dos corpos e reciclando papel de cuja pasta se fizeram as cabeças (com preenchimento de molde em gesso), as mãos e os pés (modelagem bruta). A diversidade de materiais utilizados (barro, gesso, pasta de papel, guarda-chuvas partidos, entre outros) assinala a complexidade do tipo de marioneta construído (manipulável por meio de comandos fixos nas mãos, pernas, costas e cabeça). Finda a construção, procedeu-se a criação de diálogos com base no pressuposto denominado “binómio fantástico”, pelo pedagogo Gianni Rodari na sua obra “A gramática da fantasia”, o qual postula que duas realidades aparentemente opostas, quando postas em confronto, convidam ao estabelecimento de relações de causa e efeito normalmente fantásticas (do domínio do fantástico) dai brotando historias curiosas e férteis em imaginação.
