Devido à natureza vulcânica do Arquipélago e à presença de escoadas lávicas do tipo basáltico, as ilhas dos Açores apresentam um diversificado património espeleológico com valor insubstituível e inestimável. São conhecidas cerca de 250 cavidades naturais, (tubos de lava e algares vulcânicos), correspondendo a muitas dezenas de quilómetros de caminhos subterrâneos, onde se escondem muitos segredos e estranhas formas de vida. As cavidades vulcânicas dos Açores complementam-se, possuindo no seu conjunto uma diversificada riqueza geológica, biológica e  estética, que poderá ser divulgada ou protegida consoante a especificidade do local em causa.

Consciente da importância deste património, o Governo Regional dos Açores criou através da resolução N.º 149/98 de 25 de Junho, um grupo multidisciplinar encarregado de promover a elaboração de um estudo sobre as cavidades vulcânicas dos Açores, que posteriormente, através da resolução N.º 191/2002 passou a desigar-se GESPEA (Grupo de Trabalho para o Estudo do Património Espeleológico dos Açores).

Este grupo tem como objectivos principais, propor ao Governo Regional as medidas legislativas adequadas à protecção, conservação e valorização do Património Espeleológico dos Açores (PEA); Propor ao Governo Regional a classificação de cavidades vulcânicas; Emitir parecer sobre planos de ordenamento e de gestão, para as cavidades vulcânicas, que venham a ser realizados; Emitir pareceres e pronunciar-se sobre quaisquer actos, intervenções ou actividades, de natureza pública ou privada, que se desenvolvam nas cavidades vulcânicas dos Açores, ou que interfiram directa ou indirectamente com estas; Promover campanhas de sensibilização e de divulgação do PEA; Promover estudos de pormenor sobre as cavidades vulcânicas pouco conhecidas ou recentemente descobertas.

  O GESPEA é constituído por uma Comissão Consultiva, composta por:

• 2 representantes da Direcção Regional do Ambiente
• 1 representante da Direcção Regional da Ciência e Tecnologia
• 1 representante da Direcção Regional do Turismo
• 1 representante da Direcção Regional da Cultura
• 1 representante da Universidade dos Açores
• 1 representante da Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores
• 1 representante da Associação de Defesa do Ambiente – AZORICA
• 1 representante da Associação de Juventude e Defesa do Património Histórico-cultural e Natural de São Jorge
• 1 representante da Associação Ecológica “Amigos dos Açores”
• 1 representante do Círculo de Amigos da Ilha do Pico
• 1 representante da Associação de Defesa do Ambiente “Quercus”
• 1 representante do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores
• 1 representante da Sociedade de Exploração Espeleológica “Os Montanheiros”
• 1 representante da Associação de Defesa do Ambiente “Gê-questa”
• 2 especialistas convidados no domínio da Biovulcanoespeleologia

E por uma Comissão Executiva, composta pelo:

• representante da DRA (Paulino Costa) que assume as funções de coordenador
• representante da Universidade dos Açores (João Carlos Nunes)
• representante da Associação Ecológica “Amigos dos Açores” (João Paulo Constância)
• representante da Sociedade de Exploração Espeleológica “Os Montanheiros” (Paulo Barcelos)
• especialista convidado no domínio da Biovulcanoespeleologia (Paulo Borges)
• especialista convidado no domínio da Vulcanoespeleologia (Fernando Pereira).