Caldeira
Depressão vulcânica, com diâmetro igual ou superior a 1500m. A sua formação está associada a magmas ácidos e erupções muito explosivas e violentas, onde são emitidas grandes quantidades de pedra-pomes, cinzas e escoadas piroclásticas, num curto espaço de tempo, provocando assim um esvaziamento da câmara magmática e o consequente abatimento do edifício vulcânico.

Campos de Lava
Correspondem a locais originados por escoadas lávicas basálticas, associadas a um vulcanismo básico e efusivo (calmo). Estes locais designam-se localmente por “chão de biscoito” quando se tratam de lavas a-a ou por “chão de lajido”, quando se tratam de lavas pahoehoe.

Cavidades Vulcânicas
Existem dois tipos principais de cavidades vulcânicas, os Tubos lávicos e os Algares vulcânicos. Os tubos lávicos, são alongados na direcção do escoamento (sub-horizontal), e formam-se devido à drenagem da lava do interior de uma escoada, cuja superfície e os bordos, solidificaram mais rapidamente devido ao contacto com o ar. Estas estruturas podem atingir alguns quilómetros de cumprimento, por alguns metros de altura, possuindo no seu interior estruturas características tais como estalactites e estalagmites lávicas, balcões, bolhas de gás, lava balls. Os algares vulcânicos, apresentam um desenvolvimento sub-vertical e correspondem a antigas condutas que foram drenadas de lava.

Cone de tufos
Também designados por cones de hialoclastitos, estão frequentemente associados a erupções basálticas surtseianas, do tipo freatomagmático, A explosividade associada a estas erupções, resulat do facto da conduta se situar em águas pouco profundas, na maioria dos casos no mar. Evidenciam uma forma cónica bem definida, e evidenciam grande uma estratificação nítida e coloração amarelada ou acastanhada típica.

Cones de escórias
São formados essencialmente por piroclastos basálticos soltos podendo por vezes estes apresentarem-se soldados (spatter cones). Os piroclastos podem apresentar-se com dimensões variadas, podendo existir níveis intercalados de pequenas escoadas lávicas. Apresentam uma forma cónica bem definida e a presença no seu topo de uma cratera de explosão. Normalmente são monogenéticos (edificados durante uma única erupção vulcânica quase sempre do tipo estromboliano).

Cratera de explosão
Localizam-se no topo dos cones piroclásticos e de estratovulcões. Apresentam um contorno circular, alongado ou em ferradura e em corte têm a forma de um cone invertido ou taça. Estão relacionadas com a incapacidade do cone em se edificar directamente sobre a conduta emissora, devido às contínuas explosões que aí ocorrem durante a erupção e que projectam os materiais que tendem a acumular-se sobre a “boca”.

Cristas de pressão
Elevação alongada, em forma de crista que ocorre no topo das escoadas lávicas, originada pela movimentação da lava no seu interior , que provoca um pressão hidrostática no topo da escoada, arqueando-a segundo uma estrutura linear.

Delta lávica
Os deltas lávicos ou fajãs lávicas, formam-se quando as escoadas avançam sobre um lago ou atingem o mar, provocando o recuo da antiga linha de costa.

Disjunção prismática
A Disjunção prismática tembém designada por Disjunção colunar, corresponde a um tipo de alteração existente em rochas vulcânicas, relacionada com contracções que se geram no seio da escoada, aquando do arrefecimento e solidificação da lava, formando assim prismas de forma hexagonal que são sempre perpendiculares à superfície de arrefecimento.

Domas tarquíticos
Formam-se quando a lava é muito viscosa e tem dificuldade em fluir. Tende então a acumular-se directamente sobre a conduta ou a abertura emissora, originando vertentes muito declivosas. Estas estruturas evidenciam frequentemente uma estrutura rochosa interna segundo camadas concêntricas e níveis mais externos compostos por material muito fragmentado.

Escoada lávicas
Material em fusão, associado a fases efusivas, que se movimenta ao longo das vertentes.

Escoadas piroclásticas
Fluxos piroclásticos em que os clastos de dimensões variadas (sendo as cinzas dominantes), movimentam-se envolvidos em gás a temperaturas elevadas.

Estratovulcão
O estratovulcão ou vulcão compósito, é formado por níveis piroclásticos intercalados com níveis lávicos. Estes vulcões constituem a maioria dos grandes vulcões terrestres, podendo atingir vários quilómetros de altura.

Fajã detrítica
Fajã detrítica ou de talude, correspondem a deslizamentos ou escorregamentos resultantes de uma acção erosiva na base da vertente, provocando uma perda de suporte das formações superiores, que se movimentam ao longo do declive sob a acção do seu peso, constituindo um depósito de gravidade com topo aplanado.

Hornito
Pequenos cones lávicos sem raiz, sem conduta profunda, formados por “salpicos” de lava, em resultado de explosões pequenas e pontuais que ocorrem à superfície de escoadas lávicas. Têm forma cónica bem definida e podem apresentar uma abertura ou “boca” no topo.

Ignimbritos
Estão associados a erupções vulcânicas muito explosivas (magmas ácidos), resultando do depósito de materiais provenientes das escoadas piroclásticas (essencialmente pedra-pomes). Podem apresentar-se soldados onde se podem observar as fiamee (lentículas vítreas, escuras e densas compostas por fragmentos pomíticos comprimidos e estirados), ou não soldados, onde é comum a presença de carvões.

Lava encordoada
Lava do tipo pahoehoe com forma de cordas. Este aspecto resulta da formação de uma fina crosta superficial durante o seu processo de consolidação, debaixo da qual a lava continua a fluir, enrugando-a e dando-lhe a forma final de encordoamento.

Lavas do tipo aa
Apresentam superfície muito irregular, espinhosa e áspera, de fragmentos soltos e escoriáceos de dimensões variadas (designados por clinker).

Lavas do tipo pahoehoe
Apresentam superfície contínua, lisa, ou ligeiramente ondulada, características de erupção basáltica e efusiva. Designadas localmente por Lajes ou Lajidos.

Maar
Tipo particular de cratera de explosão, que apresentam como principal característica o facto de constituírem formas de relevo encaixadas, não tendo normalmente associado um cone vulcânico bem definido.

Obsidiana
Vidro vulcânico de cor negra e fractura concoidal e brilho vítreo, associado a magmas muito siliciosos (riolíticos).

Pahoehoe toes
Lóbulos convexos com superfícies lisas, dimensões variadas que estão associados ao mecanismo de avanço das escoadas pahoehoe. Resultam da injecção de lava fluida através de uma abertura que se abre na frente da escoada devido ao seu avanço.

Pedra-pomes
Piroclasto de cor clara, associado a erupções explosivas de magmas diferenciados, siliciosos e intermédios. São fragmentos muito vesiculados, de grande porosidade e baixa densidade.

Piroclastos
Fragmentos lávicos de dimensões variadas (cinzas – lapilli – bombas – blocos), projectados durante explosões vulcânicas.

Surtseana
Actividade hidrovulcânica equivalente às estrombolianas, associada a magmas básicos.

Tumuli
São arqueamentos da crosta superficial das escoadas lávicas, com forma circular ou oval. Originam-se devido às pressões hidrostáticas exercidas no topo da escoada, já solidificada pela movimentação inferior da lava ainda líquida. Por vezes os tumuli podem fender-se e a lava pode ascender à superfície através destas aberturas.

Vulcão em escudo
Formam-se principalmente devido a erupções basálticas efusivas e correspondem a formas cónicas achatadas, por vezes muito extensas e com declives suaves. Apresentam um contorno circular. A sua forma resulta do empilhamento de várias escoadas de lava basáltica pouco espessas.